20.05.11

Imagem por altemark
Caraos todaos,

Quem de vocês gosta de declamar/falar/dizer/recitar/perorar/cantarolar, poesia?

Para quem estiver dispostoa nós gostaríamos de convidar para o seguinte projeto: vamos gravar 365 poemas, um para cada dia do ano e publicar no nosso blog (antes que a Bethânia lance mão!). Vamos lá? Grave um ou vários (pode até ser os 366!) e nos encaminhe. Ficaremos felizes em ouvi-loa!

Voz feia tem quem não tem voz! Lembrem-se disso.

Alguma poesia de 13.05.11 causou fuzuê/pândega! Que bom!

Há algum tempo escrevi algo com o título “ser poeta é foda”, mas axei que a palavra que deu origem a toda a humanidade, da qual acredito que fazemos parte, era muito forte, chula mesmo e resolvi puxar o trem de pouso, mas lá digo eu:

Imagem por e_walk

Ser poeta é foda!

É como o carpinteiro que, de enxó nas mãos, começa a cortar a madeira, ou como o escultor que, empunhando seu cinzel, começa cortar o mármore e, a partir daí, dão forma aos seus pensamentos. Uma escultura nada mais é que um pensamento materializado. Assim, também, trabalha o poeta com as palavras, as quais terá que cortar e esculpir, até que a forma final seja atingida e assim dê seu trabalho por terminado, se é que é possível terminar um poema, pois como tudo na vida, ele é uma obra inacabada. Qualquer trabalho humano é passível de correção, especialmente por seu autor, uma vez que o criador é sempre um insatisfeito com sua criatura, entretanto, é preciso dar a obra ao mundo, quando, então, ela deixa de pertencer a quem a fez. De tudo isso resta reconhecer que o poema, como as demais obras humanas, nada mais é que a transmissão da mensagem que o seu autor deseja seja conhecida por todos aqueles que com a sua obra tenham contato, embora o contato não seja garantia de que a mensagem transmitida venha a ser compreendida, aliás, regra geral, não o é, como as próprias palavras não o são.
Daí sempre aparecerem os incompreendidos, que irão carregar o peso de não se fazerem entender, mas lhes restando o consolo de poderem dizer: não sou eu que sou obscuro é o mundo é que não me entende!
Surgem, também, os medianos: compreendidos por muitos e obscuros para outros tantos.
Talvez nos medianos esteja o equilíbrio necessário: incentivo para não parar e a busca pela clareza, pois apenas os ratos se sentem bem na escuridão.
Como tenho que o Direito, no máximo, é uma arte – jamais será uma ciência –, invoco Fernando Pessoa para nos dizer ao que a ele se aplica:

“A ARTE, que se faz com a idéia, e portanto com a palavra, tem duas formas – a poesia e a prosa. Visto que ambas elas se formam de palavras, não há entre elas diferença substancial. A diferença que há é acidental, e, sendo acidental, tem que derivar-se daquilo que é aci-dental, ou exterior, na palavra. O que há de exterior na palavra é o som; o que há, pois, de exterior numa série de palavras é o ritmo.
Poesia e prosa não se distinguem, pois, senão pelo ritmo. O ritmo corresponde, é certo, a um movimento íntimo da alma; mas, como esse movimento íntimo se manifesta no ritmo, escusamos de atender a ele, ou a qual ele seja, no estudo do ritmo, e no da diferença entre a poesia e a prosa.
O ritmo consiste numa graduação de sons e de faltas de som, como o mundo na graduação do ser e do não-ser. Quer isto dizer que o ritmo consiste numa distribuição de palavras, que são sons, e de pausas, que são faltas de som” (Obras em Prosa. Rio, Nova Aguilar, 1995, p. 273-274).

Assim, quem conseguir, no mundo jurídico, por exemplo, trabalhar com as palavras como as trabalham os poetas, seguindo a lição acima, terá encontrado a pedra filosofal, que, no caso, terá o poder do “dom de iludir”, de que fala outro poeta. Deve a exposição jurídica, assim, conter: musicalidade para o ouvido, clareza para o entendimento, beleza permeando tudo isso para envolver e guiar a alma do ouvinte.
Acrescente-se, contudo, que apenas a musicalidade, a clareza e a beleza vazias não são suficientes para o convencimento do auditório, sendo necessário sempre algo mais: que estas qualidades estejam voltadas para a boa causa, para a justiça, não sendo um jogo onde vale tudo. Assim é que, mesmo no meio da fealdade de um crime, o expositor deve encontrar, se existir, o ato que seja capaz de, por misericórdia e/ou em decorrência das fraquezas e tentações humanas, mostrar que, diante dos condenadores não está apenas um criminoso, mas um ser humano, igual a qualquer outro e também diferente dos outros, capaz dos mesmos atos de fraqueza e também dos mais sublimes, encontrando, assim, uma solução antes inexistente com o material de que dispõe, usando para tanto as palavras que melhor se adequem aos seus objetivos – que devem estar ornados pelas diretrizes acima.
Jamais deverá o manejador das palavras, por mais belas que sejam e por mais que ele saiba “manuseá-las”, usá-las para fins menores, querendo fazer do duro mole ou do preto branco e viceversa, pois o auditório pode e deve ser suficientemente esclarecido para fazer, no caso, ouvidos de mercador.
O filósofo Bertrand Russel já disse que “o objetivo das palavras é dar ao pensamento o mesmo gênero de publicidade reclamado pelos objetos físicos”.
Já Charles Maurice, citado por Victor Hugo n’”Os miseráveis” afirma: “A palavra foi dada ao homem para esconder o que pensa”.
Como, então, enfrentar esse dilema?
Não tenho a resposta e acredito que ninguém a tenha, mesmo aqueles que afirmam que a têm.
Fausto dos Santos pontua:

“Hoje, abalada a estrutura essencialista da Metafísica de Aristóteles, sob a qual ergueu sua Filosofia da Linguagem, o desconforto imposto à Filosofia por muitos dos argumentos que começaram a ser elaborados pelos sofistas ressurge. Porém, ainda mais consistentes, justamente pela via da investigação lingüística. Para nós, a possibilidade de uma fundamentação última da racionalidade humana e do mundo parece distante. Como os sofistas, aprendemos desde cedo a desconfiar da razão” (p. 153).
Mas vista dessa maneira, a História da Filosofia parece ser a história de um melancólico fracasso. A história de um inevitável processo autofágico. E o estudante de Filosofia no início do século XXI, um anacrônico necrófilo. ‘Correndo atrás de pássaros voando’, sua vida seria um tributo, justamente, àquilo que queria evitar, o non-sense, o absurdo. Contudo, é daí que ressurge o espanto. Com o que nos tornamos, de novo, não só aristotélicos, mas platônicos, tomistas, cartesianos, kantianos, hegelianos... Enfim, voltamos a filosofar. (p. 153/154)” (Filosofia Aristotélica da Linguagem, Ed. Universitária Argos. Chapecó, SC, 2002).

O caminho rumo ao ceticismo, assim, continua aberto, e, quem o combate, o faz com a única afirmação: os céticos têm certeza de que o conhecimento é impossível, daí terem uma certeza. Penso, contudo, que estes trocam a regra pela exceção, e uma única exceção e maior do que os milhões de certezas de alguns, as quais, lá no fundo, provam-se tão efêmeras e voláteis como toda questão quando é levada às últimas consequências em busca de sua verdade.

Contudo, não desistamos da busca pelo conhecimento, mas, nela, não desqualifiquemos os que pensam o contrário, como fizeram Sócrates e seu discípulo Platão e o discípulo deste, Aristóteles, depois secundados pela força leviatânica do cristianismo, que levou para o inferno aqueles cujo pensamento não se adequa ao seu”.
Em outra oportunidade, disse eu:

A difícil arte de ‘manusear’ as palavras

Há algum tempo, via Tercio Sampaio Ferraz Jr., venho percebendo como é difícil a arte de manusear as palavras, se é que isso é possível.

O sofista Górgias de Leontinos, por exemplo, era taxativo ao afirmar a impossibilidade da comunicação. Dizia ele que o homem é incapaz de comunicar conhecimentos adquiridos por seus próprios sentidos entre eles mesmos. Afirmava que as palavras não podem transmitir à audição, por exemplo, um conhecimento adquirido pela visão.

Dizia o sábio que: é impossível conhecer o ente, e se se chegar a conhecer, é impossível comunicar esse conhecimento.

Keynes fez uma afirmação ("Words must be a little wild, for they are the assault of thoughts on the unthinking". Literalmente: “As palavras devem ser um pouco selvagens, para que sejam o ataque do pensamento ao não pensado”. Fonte: http://www.ross.ws/sg.php?f=fun/quotes/writing.html) que recebeu duas versões em português:

"As palavras precisam ser um pouco selvagens, pois representam o ataque do pensamento contra aqueles que não pensam".

E,

“As palavras devem ser um pouco selvagens, porque são ataques dos pensamentos ao não-pensado”.

Heidegger, mais delicadamente, dirá que a “fala é expressão e comunicação sonora de movimentos da alma humana”. E acrescenta: “a expressão do homem é uma representação e apresentação do real e do irreal”.

Pois bem! Se temos todas essas dificuldades, por que e como conseguimos sobreviver e nos “comunicar”?

Pragmaticamente conseguimos, mas sempre com ruídos, diria alguém. O problema estará no emissor (ou destinador) ou no receptor (ou destinatário) ou no referente (constituído pelo contexto, pela situação e pelos objetos reais aos quais a mensagem remete) ou no canal de comunicação ou na mensagem ou no código usado. Vejam quanta dificuldade existe para se debelar os chiados!

É o que aconteceu aqui e vive a acontecer comigo! (creio que não é diferente com os demais)”.

Há algum tempo ainda, me justifiquei dizendo o seguinte: “não foi isso que eu quis dizer, embora seja o que eu tenha dito” (acredito que não ouvi isso de outra pessoa!).

Pois bem!
Vejam o que a nossa colega disse sobre o e-mail (postagem) da última sexta:
“From: "Farides Suano"
To: Osório Silva Barbosa Sobrinho
Sent: 19/5/2011 09:51:37
Subject: bom dia!

“a mensagem abordou aspectos diversificados, especialmente sobre as mulheres e, para responder, teria que fazer um texto de igual dimensão, preferi silenciar. Entretanto, agora provocada, posso dizer que  achei bastante interessante o posicionamento de nossos doutrinadores sobre a mulher e a cultura indígena, ainda não havia lido. Seria preconceito?
A fundamentação da teoria de seu pai é muito curiosa... não sei se a comparação procede... a pensar da mesma forma que ele, as mulheres pequenas e magras estariam em dificuldades, ainda bem que não fomos contemporâneos e, ainda, que posso apresentar argumentos amplos no sentido de que tudo é muito relativo.... kkkkkkkkkk.
Farides”.

Quanto aos doutrinadores nada posso dizer, já quanto ao meu pai, os prolegômenos acima quiseram me introduzir no seguinte:

- fui infiel ao pensamento do meu pai, e como já perceberam os Sofistas (dos quais se a colega ao ponderar que tudo é relativo, embora haja, aí, uma atribuição confusa a eles, pois o que diziam é que “para tudo há dois discursos”, e para o sentido que você buscar defender sempre procura o melhor, pois, aí sim, diziam eles, a verdade é impossível!) (também inventores da teoria da linguagem!), há mais de 2500 anos as palavras não comunicam (advogavam isso radicalmente, em especial, Górgias), pois, como você vai dizer algo olfativo (o xeiro de um perfume) com palavras, já que estas não têm xeiro? E assim por diante!

Como então, posso eu justificar o que pretendi dizer quando lhes contei a teoria juareziana?

O filho do Maurício travou o seguinte diálogo:

“- Cebolinha, você come acelga?
- Não só a celga, mas também a sulda e a muda.”

Ou seja, as palavras costumam nos trair absolutamente!

O que meu pai desejava, tento dizer de novo, pelo que compreendi, é que as mulheres grandes (em tamanho e peso) não podem ser excluídas! Ou seja, o discurso dele era de inclusão de todas. Mais, gostar daquelas, não excluía seu gostar das magras e baixas! Capitice?

Tanto é assim que se dizia filho de pobre, por isso procriou com mulheres de todos os modelos!

Será que consegui me explicar ou me compliquei mais ainda?

Sejam benevolentes com esse reles amigo que tenta dizer algo nas sextas! Ok?

Minha amiga Jussara Pordeus Cardoso e Silva, promotora de Justiça no Amazonas, uma paraibana, hoje vó, de olhos mais lindos que o verde do mar nordestino, há muito tempo, me encaminhou o abaixo, que aproveito para retransmitir e tentar, com isso, ver o que disse o Cícero Pujol com outros olhos (creio que o título é criação da enviante inicial):

Artigo escrito por um homem...

‘Sim, o homem perfeito existe, e provavelmente você já o encontrou, mas não o reconheceu. Sempre vivi rodeado de boas amigas e, como tal, sempre as ouvi reclamarem dos homens (a progressão lógica aqui beira o silogismo).

Até hoje estranho como elas vociferam francamente as piores barbaridades contra eles na minha presença, sem se importar se eu levo as ofensas para o lado pessoal. Afinal, na guerra dos sexos posso até flertar com o front feminino, mas no recrutamento biológico meu batalhão está, sem dúvida nenhuma, do outro lado. Quando as mulheres jogam uma bomba do tipo: "todos os homens são uns imbecis", é claro que alguns estilhaços ferem meu orgulho.

A vida da gente piora quando minhas amigas estão em crise de solterice. Não só porque o número de reclamações aumenta, mas porque é frustante para mim não entender como essas mulheres encantadoras permanecem sem um namorado.

Uma resposta parcial, no entanto, surgiu há algumas semanas, quando uma amiga publicou em seu blog a descrição do homem ideal. A lista de pré-requisitos era imensa e eu não consegui imaginar uma única pessoa que pudesse cumpri-las. Resumidamente, tratava-se de um "Capitão América com cérebro de Einstein", como diria Sandra Bullock em "A Rede". E com mais uma porção de detalhezinhos tênues, como ser um cavalheiro que abre a porta do carro, sem deixar de ser um macho viril que, sei lá, adora massacrar os camaradas numa partidinha de rúgbi.

Eu espero, sinceramente, que todas as mulheres que procuram esse modelo de homem estejam dispostas a barganhar. Ou vão passar muito tempo encalhadas, acreditando também na existência do Papai Noel, do Coelhinho da Páscoa ou de Duendes (veja o caso da Xuxa!!).

Não sou um conselheiro sentimental de primeira, mas, como sou bacana, estou disposto a correr o risco de ser preso por exercício ilegal da profissão.

Eis aqui uma descoberta pessoal (e que acredito que minhas amigas comprometidas endossam): o homem perfeito existem sim... Mas só depois que você se envolve com ele.

O homem perfeito é você quem ajuda a criar. Todo relacionamento é uma troca: se o príncipe dos seus sonhos existisse mesmo, prontinho e sem nenhuma falha, qual seria a graça de se envolver com ele? Você não poderia contribuir em nada.

Procure por homens reais e não os descarte por qualquer besteira. O cara não sabe se vestir? Não se iluda: nenhum sabe. Nada como um toque feminino para revolucionar o visual dele. O cara ainda não tem grana o suficiente? Acompanhe-o escada acima. É mais emocionante do que simplesmente encontrá-lo no topo. O cara não é um Rodrigo Santoro? Minha querida, você não é a Luana Piovanni. E, mesmo com a verdadeira, o namoro não deu certo...

No fim, você vai perceber que transformar seu namorado no homem ideal nem é tão somente um ato voluntário, afinal, por mais que você se esforce, ele continuará com seus defeitos, como qualquer outro ser humano.

Mas aí a paixão faz o resto. Seu coração, adoravelmente míope, vai te dizer que seu namorado é perfeito simplesmente porque vocês são perfeitos um para o outro. Então, anônima amiga blogueira e outras leitoras, em prol dos homens que nunca atingem seus requisitos, aconselho: parem de procurar por um homem perfeito que desperte sua paixão. A felicidade está em fazer justamente o contrário: Um homem!!!’" .

Agora vejam o que disse o Cícero sobre o tema da semana passada:

“De mulher, a gente, homem, não fala.
Sobre mulher, muito menos.
A mulher a gente ...
Esses são os homens que elas preferem.
Elas dizem que sonham com
Homens sensíveis, carinhosos e ouvintes,
Mas isso é pura balela, farsa, faz-de-conta
Elas continuam procriando com os trogloditas.
Respeitar uma mulher é o melhor caminho para não tê-la.
Idolatrar uma mulher é a forma mais rápida de perdê-la.
Bom finde!
Aquele abraço!”
.

Axo que o gaúxo tem razão! E você o que nos diz?

Desanuviando: em tempos de cartilha do MEC realista, pergunto: por se escreve erige com g e erijo com j?

Não seria mais aconselhável GRAFAR somente com J, pois a isso impõe a lógica.

Escrito com j (Erije) será entendido pelo leitor/ouvinte/receptor

Não queria lhes dizer apresentar o Aldo Silva, amazonense de Manaus que era meu segurança! Mas vejam:



Nessa época o Malvino Salvador trabalhava como vendedor na minha loja.

E uma amiga teve coragem de, na minha lata, dizer que não sabia que no Amazonas existiam homens bonitos! Pode?

Na semana passada falamos sobre as mulheres, na anterior sobre amizade. Vejam como nós, machos, amamos nossas parceiras:



O gaúxo Giuliano Ruchinsque Gomes, nosso colega que esta(va) em Canoas-RS, nos informa sobre seu blog:


Vamos visitá-lo?

Sempre encaminho letras de músicas, e o faço pelo seguinte:

“A arte poética é mais importante que qualquer outra.
Na política os seus protagonistas, para atrair possíveis ouvintes de seus discursos, costumam levar consigo cantores (poesia cantada).
A poesia é mais importante que a racionalidade para a emoção, e se você dominar esta, a razão fica em último plano” (São Paulo, 2004).

Hoje teve muito assunto, mas a culpa é da ... bem, como disse o Homer Simpson: “a culpa é minha eu boto ela em quem eu quiser”!.

Vejam meu brinquedinho favorito:




Abraços e final de semana rejuvenescedor,

Osório

Nenhum comentário: