13.05.11

Caraos todaos,

Vamos, hoje, falar de mulher? Melhor, sobre mulher?

                                           Por rent-a-moose
Prolegômeno necessário e fundamental e a priori e inato: nada contra, muito pelo contrário, tudo a favor.

(Como eu e o Murilo sabemos que nossas leitoras são maioria, não queremos, ficar mal na fita com elas, muito pelo contrário: é de nossa natureza querermos o melhor para elas, e, se deus tiver piedade, que nos dê um pouco do que sobrar).

Pois bem. Vamos lá?

Vejam o que diz um grande jurista brasileiro, WASHINGTON DE BARROS MONTEIRO:

"Entretanto, do ponto de vista puramente psicológico, torna-se sem dúvida mais grave o adultério da mulher. Quase sempre, a infidelidade no homem é fruto de capricho passageiro ou de um desejo momentâneo. Seu deslize não afeta de modo algum o amor pela mulher. O adultério desta, ao revés, vem demonstrar que se acham definitivamente rotos os laços afetivos que a prendiam ao marido e irremediavelmente comprometida a estabilidade do lar. Para o homem, escreve SOMERSET MAUGHAM, uma ligação passageira não tem significação sentimental, ao passo que para a mulher tem.
Além disso, os filhos adulterinos que a mulher venha a ter, ficarão necessariamente a cargo do marido, o que agrava imoralidade, enquanto os filhos do marido com a amante jamais estarão sob os cuidados da esposa. Por outras palavras, o adultério da mulher transfere para o marido o encargo e alimentar prole alheia, ao passo que não terá essa conseqüência o adultério do marido. Por isso, a própria sociedade encara de modo mais severo o adultério da primeira.
Observe-se, porém, que do ponto de vista moral e jurídico, entre as duas infrações inexiste qualquer diferenciação; ambas atentam contra a lei, a moral e a religião, dissolvem o casamento e provocam a desagregação da família. Merecem, pois, idêntica reprovação.”

Para quem não acreditar em nóis, eis a fonte: Curso de Direito Civil, Direito de Família, 2º volume, 30ª edição, São Paulo: Saraiva, 1990-1993, página 110.

E eu que ainda quero lhes mostrar que tem poesia no Direito!

Mas, tentemos nos recuperar.

Vejam o que escreveu o humorista Tutty Vasques:

Mulheres fabulosas
Nancy Shevell, noiva de McCartney

Aproveita que não está acontecendo nada de importante e repara só: a noiva americana do Paul McCartney, Nancy Shevell, deve ter saído da mesma fábrica da primeira-dama da França, Carla Bruni. Uma e outra fazem parte de uma série de beldades cujo design parece não envelhecer com o tempo. Patrícia Pillar foi, salvo engano, criada na franquia brasileira desta linha de produção.
Não é pra qualquer mulher bonita! Tem beleza, como se sabe, cujo prazo de validade regula com a juventude.
E, quanto maior o esforço para prolongá-la na meia idade, mais grave o estrago no modelo original. "A pior feia", como dizia Vinícius, "é aquela que já foi linda um dia".
Nancy, Carla e Patrícia não são exatamente bonitas. São fabulosas, donas de uma beleza que envelhece como os vinhos. Melhoram com o tempo, a despeito de rugas e tudo mais que denuncie a idade da loba avançada.
Só depois dos 45 anos se pode dizer com segurança que uma mulher integra este seleto grupo. Impossível identificá-las quando jovens! Mais difícil é encontrar uma delas dando sopa por aí. Paul McCartney é mesmo um cara de sorte! Também, depois de tudo que passou com aquela outra, francamente, ele merece!

(OESP, 10.05.11).
___________

Dois reparos fazemos: as mulheres são lindas em qualquer idade, pois são sempre lindas, daí axarmos que o Vinícius “viajou”, “escorregou feio na maionese” quando aventou da possibilidade de existirem mulheres feias!

Se você a vê bonita, ela será bonita e, pode crer, tem sempre alguém querendo roubá-la!

É o que diz o Chico: “atrás de um homem triste, há sempre uma mulher feliz. E atrás dessa mulher, mil homens, sempre tão gentis”.

Nesse assunto, não é muito bom seguir conselho de mãe, também, pois, para ela, é difícil encontrar uma nora bonita!

A minha mãe, por exemplo, via na cara de uma musa de então, “a cara de um cachorro”, cuja raça ela não sabia, mas isso também não importava!

Voltando ao tema: eu reclamava da dificuldade que é compreender e conviver com as mulheres, a forma tortuosa como elas pensam etc. Foi, então, que uma amiga disse:

“Então, resolva seus problemas, case com um homem”.

Foi tipo a receita das “Organizações Tabajara”, “meus problemas acabaram”! Nunca mais reclamei.

Para meu pai, Juarez, só era bonito o que era grande. Mulheres bonitas eram as gordinhas, e ele não viveu no medievo!

Sua teoria era a seguinte: “você chega numa feira e sempre escolhe as frutas maiores. As maiores melancias, mangas etc. Compra um quilo de carne e só reclama se vier a menos, se vier um quilo e cem gramas você não diz nada. Sempre quer o chorinho e por aí vai. Logo, a melhor mulher é a grande”. “O bom é a grande conta bancária”. “O Maracanã era o melhor estádio por ser o maior do mundo” etc.

Figuraça!

Mas é assim mesmo que pensa o interiorano do Norte (os paulista costumam chamar o Nordeste de Norte!). A pessoa bonita é a gorda!

Lembrei que uma colega promotora de Justiça, de nome Sarah, me contou a seguinte história:

“Ela sempre ia para a comarca onde trabalhava, longe de Manaus, e, ao chegar lá estava esperando-a um senhor carregador que a ela prestou seus serviços desde a primeira vez que ela para lá se deslocou. Por cerca da sua décima chegada no local, o carregador, agora mais íntimo pela convivência, tentou ser gentil lhe dizendo:

- Dôtora a senhora tá muito bonita, tá gorda.

Ela deu um grito que provou espanto em todos, mas, especialmente, no carregador, que, trêmulo, perguntou:

- O que foi, dôtora?

E ela respondeu:

- O senhor me chamando de gorda.

Ele baixou a cabeça, pegou as malas e, sem saber o que dizer, seguiu em silêncio.

Já pensou, Osório, faço tanto esforço e ele me chama de gorda na frente de todo mundo. Tem ofensa maior para uma mulher?”.

Caímos na gargalhada.

Eu, nada disse, pois ia pegar mal, mas pensei: “sua beleza disfarça sua gordura, doutora”.

E não disse por, no fundo e no raso, concordar com meu pai.

Vejam o que disse outro jurista:

“8. Mas cabe sempre uma pergunta: existe razão para proteger tanto uma cultura tão elementar e insignificante como é a dos índios brasileiros ou seria me-lhor aculturá-los e garantir-lhes a vida decente, sem esse privilégio de viver na doença e no ócio (e alguns deles, criminosamente) em terras improdutivas? Essa tutela é uma postura de preservação cultural, ou puro e simples paternalismo hipócrita e demagógico?

O nome da fera? Cândido Rangel Dinamarco em Instituições de Direito Processual Civil. 6ª Edição. Volume I. Página 487. Editora Malheiros, São Paulo – 2009.

Comecei tentando homenagear as mulheres e acabei, indiretamente, homenageando meu pai, para mim, mais sábio que os dois juristas juntos, pois foi homem de muitas mulheres (e filhos), dentre as quais, algumas índias, numa síntese perfeita somente pratica por um iletrado, mas que tinha o tino da direção que o vento leva.

Tudo acima, é o que penso, agora, vejam o que pensa o colega André Libonati:

“- O sujeito chega em casa super feliz, e grita para mulher que, está na vizinha do outro lado da Rua:

‘Benhê, ganhamos na MEGA SENA! Corre aqui’.

- E a mulher, toda eufórica, corre atravessando a rua e... é atropelada e MORRE (!).

- Aí o cara diz:

‘Não adianta, quando a gente tá com sorte, tá com sorte mesmo!’”.

(provocar, faz parte, também. Vale trocar o gênero.)

Finalizo com a história que sábia Ruberli e outras me contaram e que pode ter por título “Ruberli e o homem que manda flores”. Vejam:

“A Ruberli me contou que travou o seguinte diálogo com sua amiga:

- Ruberli, tua acredita querida que ele me mandou flores! Só pode estar querendo alguma coisa!

Ao que ela respondeu:

- Querida, os homens estão sempre querendo alguma coisa, aproveita que esse pelo menos manda flores.

(Fecham-se as cortinas).

Muito boa, não é mesmo?

Uma amiga postou essa conversa da Ruberli em seu blog e surgiram os seguintes comentários:

Ana Cris:

“kkkkkkkkkkkkk... Só não avisam QUAL é a coisa que eles querem!”.

Alexandre:

“Putz! A peçonha escorreu e transbordou meninas, uau! Só mandar flores por mandar flores... Existe gente assim, ó paí, ó!”.

Cris:

“Homem que manda flor só por mandar no mínimo vem com uma faixa ‘saudade eterna’ kkkkkkkkkkkkkk.
Mas vou acreditar que existe e dizer para o papai noel que fui boazinha este ano e quero de presente uma Barbie Malibu ... kkkkkk”.

Mostrei os diálogos à Ruberli e ela acrescentou:

‘Osório,

Seguindo a linha ‘Silvio Santos’, consultei meus colegas de trabalho, perguntei o motivo pelo qual os homens mandam flores, eis a resposta:

- Para desfolhar outra flor!

Ruberli’”

Essa moça é muito enigmática!

Música não é a poesia cantada? E poesia não é a música falada/declamada?
Decida e nos diga.

Abraços e final de semana energizante, já que hoje é sexta e 13!
Osório

Nenhum comentário: